Artigo

Pe. Ronaldo Borel de Freitas

NATAL - TEMPO DE ALEGRIA

Por Pe. Ronaldo Borel de Freitas

 

Tentei, por inúmeras vezes, compreender a alegria que o Natal desperta em minha vida e na vida das pessoas de meu convívio. Equivocadamente me “perdi”, nesta tentativa vã, de explicar o mistério de Deus encarnado, realidade essa, que abraça toda a humanidade com a chegada do menino Jesus, Nosso Salvador. É claro, a alegria do Natal não se explica, se vive. Atrevo-me em afirmar que a alegria (do Natal), sentida e vivida, é “semelhante” a alegria da Virgem Maria, quando em Nazaré o anjo Gabriel anunciou: “Alegra-te cheia de graça, o Senhor está contigo” (Lc 1,28).

 

Todos, sem exceção, são convidados a participar da alegria do Natal. Que ninguém se sinta excluído, até mesmo porque não há expressão de amor maior de Deus: Ele que aniquilou a si mesmo, se fez servo, fez morada em nosso meio. Se dignou a assumir nossa humanidade e em tudo foi como nós, exceto no pecado. E ainda, anunciou a todos a alegria da eternidade prometida, aliás, é Ele (Jesus) a salvação para cada pessoa.

 

Deus que é doador de dons também quis oferecer a humanidade o dom da alegria do Natal. Assim deve ser entendida essa alegria, como dom, e não como algo meramente fruto do empenho e esforço humano. Trata-se de uma alegria autêntica que toca profundamente o ser de cada um, enquanto se espera aquele que é o filho único de Deus, o Senhor de todos.

 

 A correria do dia a dia, o ritmo frenético ao qual estamos inseridos, não deve tirar a alegria no nascimento do Filho de Deus. Há de se priorizar espaço para acolher Jesus menino no coração. E, sobretudo, é necessário partilhar esta alegria com nossos irmãos: excluídos, pobres, marginalizados, indefesos, sofredores, infelizes, tristes. Ninguém e nenhuma situação poderá arrancar essa alegria, que uma vez partilhada, dá sentido verdadeiro ao mistério celebrado.