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23.11.2021

Participação e Sinodalidade

Representando o Regional Leste 3, Dom Luiz Fernando Lisboa comenta os principais pontos da Assembleia Eclesial


A Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe iniciou, de fato, a rotina de reflexões a respeito do discipulado missionário proposto para a Igreja na região. Neste segundo dia de trabalhos da Assembleia, Dom Luiz Fernando Lisboa fala um pouco das atividades e das conferências realizadas:

 

Boas-vindas

O início das atividades foi marcado por um momento de oração com caráter afro, no qual foi feito um chamado para dispor o coração a discernir em comum nesta Assembleia Eclesial, tomando como referência o texto bíblico que convida a ouvir a Palavra de Deus e a cumpri-la. As saudações do presidente do Conselho Episcopal Latino Americano (Celam), dom Miguel Cabrejos; do presidente da Comissão para a América Latina, cardeal Marc Oullet; e do presidente do Episcopado Mexicano, dom Rogelio Cabrera, deram as boas-vindas aos participantes.

 

A centralidade de Cristo e de sua Palavra

A reflexão principal do dia foi dirigida pelo padre Fidel Oñoro, com um caráter bíblico, abordando “A centralidade de Jesus Cristo e sua Palavra em nossa ação pastoral“. Ele afirmou que a Assembleia é fruto da vontade divina, salientando que “o pastor na Bíblia é, antes de tudo, Deus”. O biblista colombiano assinalou que a Escritura “abre janelas de observação e compreensão mais profunda”, o que “nos tira do analfabetismo espiritual”. Por essa razão, ele enfatizou que “somente ouvindo a Palavra podemos perceber o que Deus nos diz e nos pede, podemos descobrir nossa missão e o que somos chamados a fazer”.

 

Participação e sinodalidade

Os membros da Assembleia estão experimentando grande alegria e entusiasmo neste processo sinodal, manifestado nos testemunhos compartilhados por alguns deles, algo que será repetido todos os dias. As diferentes vozes, algumas em pessoa, outras virtualmente, encorajaram a todos com um entusiasmo que vem de caminhar juntos, em comunhão.

Refletindo sobre o caminho da Assembleia Eclesial, o Cardeal Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga destacou as raízes deste momento, convidando os membros da Assembleia a ouvir os gritos dos irmãos e irmãs mais pobres e esquecidos, a ensinar sobre a sinodalidade, desconhecida e temida por aqueles que preferem se afastar. 

Segundo a irmã Birgit Weiler, “todo o processo mostrou a grande importância da atitude e da prática da escuta como elemento central no discernimento comunitário e na experiência de sinodalidade”. Ela enfatizou a necessidade de “reconhecer as mulheres como protagonistas em nossas sociedades e especialmente em nossa Igreja”, algo que estava presente no processo de escuta. Também a necessidade de superar o clericalismo, a autorreferencialidade, que nos leva a viver este kairos.

 

Informações e imagens: Padre Luís Miguel Modino/Equipe de Comunicação Assembleia Eclesial e CNBB

 

 

 

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