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26.10.2022

Sabatina

Regional Leste 3 da CNBB promove momento de perguntas e respostas com os candidatos ao governo do estado do Espírito Santo


Na manhã desta segunda-feira (24) teve início a sabatina promovida pelo Regional Leste 3 da CNBB com os candidatos ao governo do estado do Espírito Santo. O primeiro candidato a participar foi Renato Casagrande (PSB). A entrevista ao vivo aconteceu no auditório do Centro Católico de Estudos (Cecates), que fica na Praia do Suá, em Vitória. Durante cerca de 55 minutos o candidato respondeu perguntas e falou sobre suas propostas caso seja reeleito. A organização deste evento é do Regional Leste 3 da CNBB que engloba a Arquidiocese de Vitória e as Dioceses de São Mateus, Colatina e Cachoeiro de Itapemirim. A transmissão ao vivo da entrevista foi feita pelas rádios América AM e FM; Rádio Web, de Colatina; Kairós, de São Mateus e Diocesana, de Cachoeiro de Itapemirim.

No primeiro bloco Renato Casagrande respondeu a perguntas sorteadas que foram enviadas por padres, movimentos e pastorais sociais da Igreja. Os temas foram: agricultura, meio ambiente, educação, direitos humanos, segurança pública, saúde e juventude. Também respondeu a perguntas espontâneas sobre armamento, mobilidade urbana e fome. Confira abaixo alguns trechos de suas falas e a entrevista completa está disponível no final da matéria.

Propostas para a saúde

“Nós íamos começar em 2020 um processo de micro regionalização da saúde e não pudemos começar porque a pandemia ocupou todas as nossas unidades de saúde, mas nós já começamos agora em junho de 2022 uma micro regionalização da saúde, uma parceria, um cofinanciamento com os municípios, para os municípios juntos com o estado poderem prestar serviços de exames e consultas. Nós contratamos mais hospitais e são alguns exemplos: hospital Rio Doce, de Linhares; hospital Padre Marcio, de Venda Nova; hospital Santa Casa, de Iúna; hospital Santa Casa, de Guaçuí e hospital de Itapemirim. Abrimos novos hospitais: hospital Aquidaban, em Cachoeiro de Itapemirim; hospital dos servidores, aqui na Cidade Alta, em Vitória, estamos construindo o Hospital Geral de Cariacica, estamos construindo o hospital do complexo de saúde do Norte do Estado, em São Mateus e vamos ser parceiros de Guarapari para colocar em funcionamento o hospital, em Guarapari, então isso tudo está levando o serviço de saúde para a microrregião onde o usuário precisar desse serviço. Poucas especialidades as pessoas precisarão se deslocar até Vitória. Então este ano e ano que vem a gente conclui a micro regionalização da saúde.”

Armamento da população

“Quanto mais armas na sociedade, mais armas para os bandidos. Hoje está muito mais fácil as pessoas adquirirem armas, armas e munições. Cada cidadão que não tem nenhum registro de participação em grupos criminosos pode comprar até 6 armas, pode comprar até não sei quantas mil munições. Então tem gente que está na vida criminosa que não tem nenhum registro de passagem pela justiça e pode ir lá e comprar armas para os grupos criminosos e tem gente que é pessoa, que não tem nada a ver com grupo criminoso, mas que compra arma e essa arma fica meio que a disposição, acessível ao bandido, que vai lá e furta e rouba essa arma de quem comprou para defesa própria. Então o excesso de armas e a facilidade de se alcançar a arma é um problema que a gente tem. Eu não sou contra uma pessoa que mora numa propriedade, ter sua arma em casa pra se defender naturalmente, que tenha um treinamento pra isso. Agora do jeito que nós estamos vivendo no Brasil hoje é um exagero em termo de arma na sociedade. E é só você ver o que aconteceu ontem com uma pessoa pública, como o ex-deputado Roberto Jeferson ter granada dentro de casa. Ele não pode, naturalmente, isso é ilegal, mas ele tinha granada e tinha armas pesadas também, como rifles e isso acaba induzindo a violência e disponibilizando armas para grupos criminosos.”

 

Segundo dia

Encerrando as sabatinas promovidas pelo Regional Leste 3 da CNBB com os candidatos ao governo do Estado, Carlos Manato (PL) foi o convidado da manhã de terça-feira (25) e esteve no auditório do Centro Católico de Estudos (Cecates), na Praia do Suá, em Vitória. A transmissão ao vivo da entrevista foi feita pelas rádios América AM e FM; Rádio Web, de Colatina; Kairós, de São Mateus e Diocesana, de Cachoeiro de Itapemirim.  Durante 55 minutos o candidato pode falar sobre o porquê quer ser governador do Espírito Santo e quais são os seus projetos de governo, caso seja eleito no próximo domingo (30).

A primeira pergunta sorteada foi sobre saúde, e depois foram sorteados os temas: juventude, Insegurança alimentar e fome, segurança pública, agricultura, direitos humanos, educação, meio ambiente. Esses questionamentos foram elaborados por padres, pastorais e movimentos da Igreja. Além disso, Manato respondeu a perguntas espontâneas sobre fome; assistência social e parceria com as Igrejas; violência e clima de ódio na política; prisão perpétua; armamento da população civil e Fake News. Leia alguns trechos sobre assuntos que o candidato respondeu e abaixo assista novamente e sabatina completa.

Juventude nas cidades 

“Olha só, nós queremos fazer o êxodo rural inverso né?! Porque você falou muito aí que migram, então nós temos que segurar lá. Primeira coisa que nós vamos ter que fazer é colocar o Estado no 5G, nós temos que colocar o estado todo na internet, todo WiFi e eu já conversei com Fabio Faria pra fazer isso aí. Porque aí vem a agricultura 4.0 também, que se você consegue já colocar a agricultura 4.0, se você consegue colocar a internet lá na casa do aluno na propriedade rural que as vezes é 4 km, 5 km longe da cidade, se você consegue escola família agrícola e incentiva as escolas técnicas no interior, dá condições pro aluno ter uma escola boa pra ele ir e vir, dá condições de ter saúde, você mantem o menino dentro da família dele e aos finais de semana para se divertir ele vai pra cidade. Então essa é a mudança muito da parte rural, pra segurar as pessoas dentro da sua casa, porque ele tem a terra. Então nós vamos fazer um programa Menor Aprendiz do estado. Eles vão ter uma bolsa para fazer o primeiro, segundo e terceiro ano do segundo grau e essa bolsa da pra fazer também nas propriedades agrícolas. Com isso você estimula para que ele fique lá e aprenda o ofício dele, aprenda a manusear, para que esse êxodo rural não venha pra cidade. A cidade vai ser um lugar para se divertir pra ele, então é o êxodo rural inverso que nós queremos no estado”.

Fome e Insegurança Alimentar

“Hoje o estado do Espírito Tem 1 milhão e 70 mil pessoas na linha da pobreza. Linha da pobreza são aquelas pessoas que tem a renda per capita que chega aí a R$ 470,00 R$ 480,00. Esse pessoal da linha da pobreza como é que a gente faz com eles? Qualificação profissional e se você consegue colocar uma pessoa dessa família que tem 4, uma no mercado de trabalho, você tira ele da linha da pobreza. A linha da pobreza você combate com geração de emprego e renda e qualificação profissional, hoje não falta emprego no Estado do Espírito Santo, falta profissional qualificado. Ontem eu tava conversando com um empresário e eles tem 300 vagas de empilhadeira e não tem. Então tem que começar a criar curso, criar curso. A linha da pobreza a gente combate assim. O Estado aumentou em quase 40% essa linha da pobreza de 2021 para 2022, nesse governo socialista que ele está aí. Mas tem a miséria, a miséria não tem jeito. A miséria é até R$ 168,00 e nós vamos combater com distribuição de renda. Então o que nós vamos fazer? Hoje desses 349 mil que estão nessa parte que você está falando, 262 mil entram no programa Ação Brasil do governo Bolsonaro, que é o Renda Brasil, que dá esse auxílio de R$ 600,00 e que é diferente do Bolsa Família, porque se você estiver lá e conseguir um emprego você fica dois anos aí recebendo o Auxílio Brasil.  O que nós vamos fazer são esses 90 mil que estão fora. Então é por isso que eu tô querendo mexer no orçamento do Estado para colocar um recurso para fazer essa compensação. Nós vamos chamar algumas prefeituras que tem dinheiro para que a cada 1 real que a prefeitura colocar nós vamos colocar mais 1 real”.

 

Fonte: Regional Leste 3 da CNBB

 

 

 

 

 

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