16 de julho: Um dia de fé e gratidão a Mãe do Carmelo

Neste dia 16 de julho, a Diocese de Cachoeiro de Itapemirim se une à Igreja em todo o mundo para celebrar a memória litúrgica de Nossa Senhora do Carmo, Mãe, Padroeira e Guia espiritual da Ordem do Carmelo. Esta data, marcada por profunda devoção mariana, é vivida com especial significado pela presença das Irmãs Carmelitas Descalças no Carmelo São José, localizado no distrito de Soturno, que neste ano celebra seus 27 anos de fundação.

Nossa Senhora do Carmo: Mãe da espiritualidade carmelitana

A origem da devoção a Nossa Senhora do Carmo está profundamente ligada à fundação da Ordem do Carmo, no século XIII, no Monte Carmelo, na Terra Santa. Os primeiros carmelitas, eremitas que buscavam uma vida de oração e contemplação, viam em Maria um modelo perfeito de silêncio, escuta da Palavra e fidelidade a Deus. Por isso, consagraram a Ela toda a Ordem, reconhecendo-a como Senhora do Lugar e Mãe do Carmelo.

Essa ligação foi confirmada e aprofundada com a aparição de Maria a São Simão Stock, Prior Geral da Ordem, em 1251. Nessa visão, a Virgem entrega a ele o Escapulário do Carmo, dizendo:

“Recebe, meu filho, este escapulário. Será um sinal da minha proteção para ti e para todos os carmelitas.”

Desde então, o escapulário tornou-se um símbolo de consagração a Nossa Senhora e um chamado à vida de oração, penitência e seguimento de Cristo, sob o olhar maternal de Maria.

O Carmelo São José: uma presença viva da espiritualidade do Carmo

A presença do Carmelo São José na Diocese de Cachoeiro de Itapemirim é um sinal concreto dessa espiritualidade. Fundado em 20 de junho de 1998, com irmãs vindas de Fortaleza (CE), o mosteiro foi erguido com a missão de ser um oásis de oração, silêncio e adoração, seguindo a tradição da Ordem das Carmelitas Descalças.

As irmãs vivem em clausura, dedicando-se integralmente à oração, à contemplação e ao trabalho manual. A rotina diária, iniciada às 4h50, é marcada pela Liturgia das Horas, meditação da Palavra, Missa, adoração e momentos de silêncio profundo. As irmãs também confeccionam velas e restauram imagens, ajudando na manutenção do mosteiro.

Mais do que uma obra humana, o Carmelo é uma expressão viva da presença de Nossa Senhora do Carmo na vida da Igreja. Cada irmã, em sua vida escondida, busca configurar-se a Maria: humilde, silenciosa, obediente, totalmente disponível à vontade de Deus. A presença do Carmelo São José é, portanto, uma bênção espiritual para toda a Diocese.

Neste 16 de julho, ao celebrarmos Nossa Senhora do Carmo, a Diocese inteira é convidada a voltar o olhar àquela que cuida com ternura de seus filhos. Que o escapulário não seja apenas um símbolo externo, mas o compromisso interior de uma vida santa, à semelhança de Maria.

 

Fotos


Fotos: André Fachetti

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Autor:

Diocese Cachoeiro

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