Nesta quinta-feira, 19 de junho, a cidade de Castelo é tomada pela fé e pela beleza na celebração de Corpus Christi 2025. Com uma expectativa de público superior a 150 mil pessoas, a cidade se consolida como um dos principais destinos do Espírito Santo para a solenidade, reunindo fiéis de diversas regiões para um dia de intensa espiritualidade.
Desde a madrugada, milhares de voluntários se dedicam à confecção dos tradicionais tapetes de Corpus Christi, que cobrem as ruas com arte e devoção. Utilizando materiais como folhas, flores, pó de serra, sal colorido, areia e borra de café, os participantes criam imagens que representam passagens bíblicas, símbolos eucarísticos e mensagens de fé.
A Igreja Matriz Nossa Senhora da Penha mantém uma extensa programação religiosa ao longo do dia, com missas e momentos de oração. O ápice da celebração ocorre às 16h, com a Missa Campal Solene presidida por Dom Luiz Fernando Lisboa, CP, bispo diocesano, seguida da tradicional Procissão com o Santíssimo Sacramento pelas ruas confeccionadas.
Entre os muitos rostos que fazem parte dessa história viva está o de Dona Regina Campos, participante fiel da confecção dos tapetes há décadas. Ela relembra com emoção um momento marcante de sua vida:
“Dois dias antes do meu casamento, eu e meu noivo, viemos participar da confecção dos tapetes e da missa de Corpus Christi. Era véspera do nosso grande dia, mas não abrimos mão de estar aqui. Sempre foi um momento muito especial. E quem nos inspirava era a Irmã Vicência, que era muito caprichosa, gostava de tudo bem feitinho. Ajudava a cortar as folhagens, orientava, fazia tudo com muito amor. Foi uma bênção poder ajudar ao lado dela.”
A devoção de dona Regina simboliza o espírito do Corpus Christi em Castelo: uma tradição que vai além do tempo, atravessa gerações e continua a reunir a comunidade em torno da fé e da presença real de Jesus na Eucaristia.
“Com o apoio da Paróquia, da Prefeitura e dos voluntários, o evento acontece com estrutura, segurança e acolhimento, fortalecendo a identidade religiosa e cultural da cidade. Em Castelo, o chão se transforma em altar e a fé caminha pelas ruas, deixando marcas profundas no coração de todos que participam”, expressou a Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, nas redes sociais.
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