Dia de São Pedro: Diocese de Cachoeiro celebra seu Padroeiro

Dia de São Pedro, no último domingo, 29 de junho, a Diocese e a Cidade de Cachoeiro de Itapemirim exaltaram tradição e religiosidade.

Para celebrar a data, aconteceu a tradicional Procissão de São Pedro, que ano após anos vem atraindo milhares de fiéis pelas ruas e avenidas do Município. A procissão é um marco da festa, sendo realizada desde a instauração da Diocese, no ano de 1958. Porém, a Paróquia São Pedro, enquanto pertencia à antiga Diocese do Espírito Santo, tem em seus registros históricos menções da procissão ao seu Padroeiro desde 1914.

No percurso atual da procissão, foram 3 km de caminhada, saindo da Catedral de São Pedro, às 15h, em direção ao Grêmio Santo Agostinho, no Vila Rica, onde uma grande estrutura foi montada pela Prefeitura Municipal. Lá, o Bispo Diocesano, Dom Luiz Fernando Lisboa CP, presidiu a Santa Missa em comemoração ao Padroeiro, concelebrada pelos Bispos: Dom Lauro Sérgio Versiani Barbosa, Bispo da Diocese de Colatina (ES) e presidente do Regional Leste 3 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e Dom Joselito Ramalho Nogueira, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ), ainda com participação dos Padres, Diáconos e Seminaristas de todo o Sul do Espírito Santo.

No início da solenidade, foram Recordados os 40 anos do martírio da Irmã Cleusa Carolina Rody Coelho, cachoeirense, da ordem das Missionárias Agostinianas, que em 28 de abril de 1985, em defesa da paz entre proprietários rurais e comunidades indígenas, foi executada as margens do Rio Paciá, no Amazonas. Sua entrega total a tornou conhecida como “Mártir da causa indígena”.

Outro destaque foi a entrada de um quadro com a foto da Irmã Maria Joana Otília, religiosa da congregação das irmãs de Jesus na
Eucaristia, que teve uma vida dedicada ao cuidado dos enfermos. “Sua páscoa, há um mês, ainda
nos faz sentir o vazio de sua ausência, mas seu testemunho e sua missão nos encorajam e nos
impulsionam a viver a santidade mesmo nos pequenos gestos de amor fraterno na sociedade”. Lembrou o Bispo Diocesano.

Dom Luiz iniciou sua homilia meditando sobre a devoção aos santos.

“Hoje é um dia especial para toda a nossa Diocese de Cachoeiro de Itapemirim. Celebramos a Solenidade de São Pedro e São Paulo. De maneira especial, comemoramos São Pedro Apóstolo, aquele a quem Cristo confiou as chaves do Reino dos Céus, que é nosso padroeiro diocesano.

Celebrar São Pedro é voltar às origens da Igreja, no encontro de fé e missão. E o Evangelho de hoje nos leva exatamente para esse momento decisivo. Jesus faz uma pergunta fundamental — E vós, quem dizeis que eu sou? — e a resposta de Pedro se torna o alicerce da missão da Igreja.

Pedro, a rocha. Não por ser perfeito, mas por ser chamado. Jesus confia a ele as chaves do Reino, dá-lhe o poder de ligar e desligar — isto é, a autoridade de conduzir, discernir, edificar. Mas essa missão se apoia não na força de Pedro, e sim na graça de Deus”, refletiu o Bispo.

Em comunhão com o Pedro de ontem e o Papa Leão XIV, Dom Luiz afirmou que “neste ano de Jubileu, movidos pelo Espírito que conduz à Esperança, queremos e precisamos conduzir, discernir, edificar nossas Comunidades Eclesiais de Base, precisamos levar a cabo à edificação da Igreja como povo de Deus, na qual cada um exerce ofícios e ministérios, segundo os carismas e dons de Deus — algo reforçado com clareza pelo Concílio Vaticano II”.

O prelado também destacou que “precisamos compreender e praticar os ensinos desse Concílio, pois foi a partir daí que se deu um aprofundamento do lugar que os batizados ocupam na Igreja e de sua responsabilidade na vida e no crescimento dela. Houve, portanto, o reconhecimento dos ministérios leigos, não somente por necessidade de suprir as lacunas dos sacerdotes, mas como direito natural em força do batismo e pelo sacerdócio comum dos fiéis, pelo múnus sacerdotal, profético e régio, próprio do nosso batismo, como aponta o Catecismo da Igreja Católica nos números 897 a 913”.

Dom Luiz encerrou sua homilia suplicando: “Que São Pedro interceda por nós para que encontremos o discernimento, a linguagem ideal para conduzir e edificar nossas Comunidades Eclesiais de Base, de maneira sinodal, como Igreja que nasce e transforma as bases em que se encontram. Que a fé firme do Apóstolo Pedro nos inspire. E que nossa diocese, construída sobre essa mesma rocha, continue sendo sinal vivo da presença de Cristo no mundo. Amém!”

Para o Dom Joselito Ramalho Nogueira, filho da Diocese de Cachoeiro, a Festa de São Pedro é um momento de união para toda a Diocese: “No dia 29 de junho, não celebramos apenas o Santo, o Apóstolo, mas reverenciamos também o ‘homem Pedro’. Nele, identificamos um trabalhador, como tantos hoje em nosso país. Era pescador, humilde, honesto e, nele, todos nós podemos nos ver e nos encontrar”.

A programação da festa, que teve início no dia 20 de junho, com programação religiosa e cultural, terminou com o show da cantora católica, Eliana Ribeiro. Com sua voz marcante, a missionária e cantora emplacou grandes sucessos. Canções como “Chuva de Graça” e “Terra Seca” marcaram o encerramento da festividade.

“Sou capixaba e estar nesta terra, onde me formei para vida e para missão, é sempre uma benção. Estou muito feliz de estar vivendo esta festa, junto de vocês.”

 

Fotos

Benção Inicial (Catedral)



Procissão de São Pedro


 

Missa de São Pedro


Show com Eliana Ribeiro

Fotos: André Fachetti

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Autor:

Diocese Cachoeiro

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