Congregações se reúnem na Paróquia da Consolação para Encontro de Formação

“Pela fé, Moisés deixou o Egito, sem temer a ira do rei; permaneceu firme, como se visse o invisível.” (Hb 11,27)
Aconteceu nesta segunda-feira, 20 de agosto, na Paróquia Nossa Senhora da Consolação (Cachoeiro de Itapemirim), o Encontro de Formação dos Religiosos e Religiosas de Vida Consagrada, do Núcleo da CRB (Conferência dos Religiosos do Brasil) da Diocese de Cachoeiro.
Participaram do encontro 21 religiosos e religiosas e uma leiga consagrada. As congregações representadas foram: Irmãs de Jesus na Eucaristia; Irmãs Filhas da Caridade São Vicente de Paulo; Irmãs Filhas de Maria Auxiliadora; Agostinianos Recoletos e Salesianos de Dom Bosco.
A reunião dos religiosos teve início com um café da manhã. Logo após, houve a Celebração Eucarística com a liturgia do Domingo da Assunção de Nossa Senhora, que é também a festa da Vida Religiosa Consagrada (VRC).
Em seguida, os participantes refletiram o tema do encontro, “A Vida Religiosa no Real”, baseado no livro do Professor Frater Henrique Cristiano José Matos – CMM.
“A exposição do tema foi intercalada por reflexões em grupos, nos quais todos nós refletimos e partilhamos a vivência, em cada Comunidade, do ‘tripé identificador’ da VRC: a Mística, a Comunidade e a Missão. Depois, partilhamos algumas experiências positivas que vivenciamos na ação missionária juvenil e vocacional, sobretudo através do Serviço de Animação Vocacional (SAV)”, relatou o Pe. Luiz José Vidal, Pároco da Paróquia São Pedro Apóstolo, de Venda Nova do Imigrante, e coord. do Núcleo dos Religiosos e Religiosas da Diocese de Cachoeiro.
O encontro foi encerrado com uma confraternização entre os religiosos, que desfrutaram de um bom almoço e grandes conversas:
“Voltamos para as nossas casas com o coração aquecido pelas palavras do Evangelista Marcos, cap. 3, versículos 13 e 14: ‘Jesus subiu ao monte e chamou os que desejava escolher. E foram até ele. Então Jesus constituiu o grupo dos Doze, para que ficassem com ele e para enviá-los a pregar’. Louvado seja Deus, pois ‘todo encontro e partilhar de pessoas é uma troca de dádivas’”, finalizou Padre Vidal.
Somos Dádivas
“As pessoas são dádivas de Deus para mim. Já vêm embrulhadas, algumas lindamente e outras de modo menos atraente. Algumas foram danificadas no correio; outras chegam por ‘entrega especial’. Algumas estão desamarradas; outras estão totalmente fechadas. Mas o invólucro não é a dádiva e essa é uma importante descoberta. É tão fácil cometer um erro a esse respeito, julgar o conteúdo pela aparência.
Às vezes a dádiva é aberta com facilidade; às vezes é preciso a ajuda de outros. Talvez porque tenham medo. Talvez já tenham sido magoados antes e não queiram ser magoados de novo. Pode ser que agora se sintam mais como ‘coisas’ do que ‘pessoas humanas’.
Sou uma pessoa: como todas as outras, também sou uma dádiva. Deus encheu-me de uma bondade que é só minha. E, contudo, às vezes, tenho medo de olhar dentro de meu invólucro. Talvez eu tenha medo de me desapontar. Talvez eu não confie em meu próprio conteúdo. Ou pode ser que eu nunca tenha realmente aceitado a dádiva que sou.
Todo encontro e partilhar de pessoas é uma troca de dádivas. Minha dádiva sou eu; a sua é você. Somos dádivas uns para os outros.”
(Citação do livro “Arrancar Máscaras! Abandonar Papéis!”, de John Powell e Loretta Brady, no qual Pe. Vidal se refere)
Imagens e informações: Padre Luiz José Vidal



