Conheça a tradicional Igreja de São Francisco de Assis em Cachoeiro

Quem trafega pela Linha Vermelha, no bairro Km 90, ou Avenida Jones dos Santos Neves, em Cachoeiro de Itapemirim, não tem como escapar do encantamento que provoca a Igreja São Francisco de Assis, no alto de uma pequena colina.

O templo, que passa a impressão de modernidade, esconde, na verdade, uma trajetória de quase 70 anos de fé e devoção.

Para os católicos mais fervorosos, se trata de uma construção de Deus. Já para quem conhece melhor a história, a obra é resultado do esforço dos religiosos da época que conseguiram erguer a igreja para que o povo pudesse exercitar ali sua fé.

A Igreja de São Francisco de Assis foi inaugurada no dia 9 de outubro de 1955, com a presença de grande número de fiéis, além do Vigário da Paróquia Nossa Senhora da Consolação – Frei Antolin Rodrigues – e contou com a presença do Governador do Estado do Espírito Santo – Francisco Lacerda de Aguiar – e de Dona Castorina Passoni que doou o terreno para a construção da igreja.

Por um bom período essa igreja foi administrada pela Ordem dos Jesuítas e no ano de 1978 passou à Administração da Ordem dos Agostinianos Recoletos até a criação da Paróquia dos Sagrados Corações de Jesus e Maria, a qual pertence atualmente.

Hoje a igreja tem a capacidade de acolher 200 pessoas. O ambiente é cuidado para que os fiéis sintam-se em casa no lar espiritual de São Francisco. A equipe de limpeza cuida diariamente para que o templo esteja aconchegante para todos os devotos. Nesta manhã aconteceu a tradicional benção dos animais (leia aqui).

 

Inauguranção do Templo

 

Igreja Atualmente:


 

São Francisco de Assis

São Francisco nasceu e morreu na cidade de Assis, na Itália. O nome de batismo era Giovanni di Pietro di Bernardone. O ano de nascimento é incerto, algo entre 1181 e 1182. Era filho de um próspero comerciante. Ou seja: a pobreza não fazia, exatamente, parte da vida do futuro santo até então.

Crescido, Giovanni chegou a ser soldado. Lutou na guerra que a cidade de Assis travou contra Peruggia, também na Itália, mas não foi bem sucedido: se tornou prisioneiro de guerra e ficou cativo por aproximadamente um ano.

Aos poucos, de um jovem que gostava de curtir a vida, o futuro São Francisco foi se tornando mais humilde. Conta a história que, certa vez, ele cobriu um homem leproso com seu manto e o beijou na face.

Aos poucos, São Francisco começou um processo de afastamento da antiga vida. Chegou a se retirar em uma caverna para orar e meditar. Um dia, foi orar em uma igreja afastada da cidade. A tradição diz que ele recebeu um pedido de Deus: estava na igreja da Porciúncula e, nessa aparição, diante do crucifixo de São Damião, veio uma voz dizendo: ‘Francisco, reforma a minha igreja’. E daí ele começa um processo de reforma na igreja, física mesmo, trabalhando como pedreiro. Depois ele vai descobrir que era uma reforma espiritual.

O pai de Francisco descobriu que ele estava fazendo este movimento todo. E, na praça de Assis, Francisco se despiu e entregou as roupas ao pai. Foi um processo de rompimento com o mundo. A renúncia a qualquer bem material não é exatamente uma criação de Francisco, que, ao longo de sua jornada religiosa, fundaria a ordem dos franciscanos —formalmente conhecida como Ordem dos Frades Menores. Mas é possível dizer que o futuro santo foi responsável por elevar o voto de pobreza a um patamar de importância ímpar.

Ele viveu em uma época que teve Cruzadas, conflitos internos na igreja e grandes reformas diante da figura do papa Inocêncio III. E Francisco de Assis mostra que, para combater aquilo que fere a fé, a vida, é preciso a pobreza. Pobreza como ideal de vida.

Como jovem, conseguiu trabalhar as inquietações de sua juventude entre as polaridades guerra e paz. Ele entendeu que a paz era um projeto de vida, ele ressignificou o mundo do seu tempo com a paz. A mensagem dele é atual ainda, mesmo depois de oito séculos. O olhar de São Francisco de Assis se estendeu além dos pobres. Ele também teve uma relação bem próxima com os animais, a ponto de ser considerado padroeiro, e com a natureza.

 

Reportagem colaborativa: Gustavo Lins – Pascom Paróquia N.S da Consolação

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Autor:

Diocese Cachoeiro

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