No dia 20 de novembro, celebramos o Dia da Consciência Negra, uma data importante para refletirmos sobre o respeito, a igualdade e o valor de cada pessoa, independentemente da cor da pele. A Igreja nos ensina que todos somos filhos amados de Deus, criados à Sua imagem e semelhança, e que a diversidade é um presente que enriquece a nossa fé.
A comunidade negra tem uma contribuição imensa para a Igreja e a sociedade, homens e mulheres como como Santo Agostinho de Hipona, Santa Bakhita, São Benedito, Santa Mônica, entre muitos outros que deixaram um legado de santidade e amor a Deus. Seus exemplos mostram que, mesmo diante de desafios, é possível viver com fé, coragem e esperança.
Mas porque celebramos nesta data? Foi neste dia, em 1695, que Zumbi, líder do Quilombo de Palmares, foi capturado e morto como sinal de repreensão contra a luta pela libertação do povo negro no Brasil. A “Pátria Amada” foi um dos últimos países à assinar a lei 3.353, lei que aboliu a escravatura e, ao longo desse período, muitas lutas foram travadas pela liberdade, dignidade e respeito ao povo escravizado. Por esta razão, o mês de novembro tornou-se o mês da consciência negra, uma vez que a luta continua para a maioria da população brasileira.
A Igreja Católica abraça, acolhe e luta por seus filhos e filhas, por isso, compromete-se em criar e fortalecer diálogos e reflexões sobre esta causa. Assim sendo, a Pastoral Afro-brasileira, anualmente, celebra sua história na capital da fé, na casa da Mãe Aparecida.
É fato que no Brasil a cultura afrodescendente é uma fonte rica de espiritualidade. A música, a arte, as tradições orais e os ritos de devoção expressam uma vivência profunda da fé católica. Por isso, a “Missa Afro”, como é popularmente conhecida, mostra através dos ritos tradicionais da igreja, a força de um povo que sempre confiou em Sua providência, mesmo em momentos de dor e sofrimento.
No sábado, dia 09 de novembro, por exemplo, aconteceu no Altar Central da Basílica, em Aparecida do Norte (SP), uma Celebração Eucarística compartilhando toda beleza e alegria dessa rica cultura. Representando a Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, as leigas Zilma Santos da Silva (Paróquia Nossa Senhora da Consolação) e Maria da Penha (Paróquia São Miguel Arcanjo, em Guaçuí), participaram da Eucaristia.
Já nesta quarta-feira, 20, acontece na CEB Nossa Senhora de Fátima, Paróquia São Sebastião, em Cachoeiro, às 19h30, uma Santa Missa em louvor a vida e as lutas do povo preto. Também em Guaçui, às 19h, na CEB São Judas Tadeu, Paróquia São Miguel Arcanjo, será celebrada uma Santa Missa.
Que nestes encontros, neste Dia da Consciência Negra, possamos abrir nossos corações para aprender com a história e a cultura do povo preto, promovendo a justiça e a fraternidade.
