Na tarde deste sábado, 26 de abril, a Diocese de Cachoeiro de Itapemirim realizou mais uma tradicional Romaria em honra a Nossa Senhora da Penha, padroeira do Espírito Santo, em Vila Velha (ES).
A Romaria acontece todos os anos e conta com a presença do bispo diocesano, dom Luiz Fernando Lisboa, CP; com seus presbíteros, diáconos, religiosos, religiosas e dezenas de ônibus de diversas paróquias do território diocesano.
Neste ano participaram cerca de 50 ônibus de vários municípios do Sul do Espírito Santo, totalizando aproximadamente 3,5 mil pessoas. Muitos peregrinos iniciaram sua caminhada rumo ao Convento da Penha, no Portão da Penha, às 14h.
No início da celebração, houve um momento especial de recordação do Martírio da Irmã Cleusa Carolina Rody Coelho, religiosa Agostiniana Recoleta nascida em Cachoeiro de Itapemirim, em 12 de novembro de 1933. Irmã Cleusa era professora e tornou-se missionária na Prelazia de Lábrea, no Amazonas, tendo assumido a causa da defesa dos povos indígenas, opção que a levou a ser morta de forma violenta no dia 28 de abril de 1985. Este ano, portanto, celebram-se os 40 anos de seu martírio. Seu processo de beatificação já foi iniciado. “Mataram o corpo de Cleusa, mas ela continua viva no coração dos povos originários, em nossa querida missão em Lábrea, na Prelazia, que está completando cem anos, no povo de Deus de Vitória, de Cachoeiro, de Colatina, de tantos lugares onde Cleusa passou. Oxalá o testemunho de Irmã Cleusa nos fortaleça em nossa missão”, exortou a comentarista.
Durante a missa, em sua homilia, Dom Luiz recordou alguns dos sonhos e convites mais importantes do Papa Francisco em relação à Igreja: “A sermos uma igreja pobre para os pobres. A sermos uma Igreja em saída, rumo às periferias geográficas e existenciais. A sermos uma Igreja que tenha coragem de se enlamear os pés ao invés de ficar fechada e autorreferenciada. De sermos uma Igreja sinodal, que caminha junto, onde todos e todas tenham participação efetiva. De sermos uma Igreja que acolhe todos, todos, todos. De sermos uma Igreja-Povo de Deus, onde temos serviços e ministérios diferentes, mas nos igualamos pelo nosso Batismo. De sermos uma Igreja Peregrina de Esperança, num mundo com tanto sofrimento, violações, fome, guerra. De sermos uma Igreja profética, samaritana, compassiva, misericordiosa. De sermos uma Igreja que muda, que não tem medo de mudar”, acrescentou. Segundo Dom Luiz, para continuar sendo a mesma igreja de Jesus, não poderemos nos esquecer das Cartas de Francisco, dos documentos, encíclicas, homilias, orientações. Dom Luiz também fez memória aos 40 do martírio da Irmã Cleusa Carolina.
Encerrando a Romaria Diocesana de Cachoeiro, o bispo convidou a assembleia a estender a mão em direção à imagem de Nossa Senhora da Penha e pronunciou uma oração à Virgem, consagrando a ela a diocese de Cachoeiro e o estado do Espírito Santo.
Fotos
