Adeus, Irmã Otília
De caminhar sereno
E olhar apaziguador,
Com palavras edificantes
E de muita fé
Aproximava-se de todos
Os que precisavam de orações,
De afeto,
De abraços…
Acolhia com o olhar
Depois, seguiam as palavras.
Sua mansidão era sentida
Como a brisa do amanhecer
Que anuncia a boa-nova:
Esperança.
Como uma pétala
Colorindo caminhos,
Dava vida aos corações aflitos.
Passava por entre vales,
Pedras e espinhos,
Deixando perfumes de flores
Que faziam brotar
Sorrisos entre lágrimas.
Do seu caminhar ficaram
Esperanças.
Do seu afeto ficou
Solidariedade.
De cada abraço,
gratidão.
Néia Gava