Padre Carlos Renato Carriço Gomes
Estamos iniciando mais um mês vocacional em nossa Diocese. E se faz cada vez mais urgente reavivar em nossos corações o nosso chamado a ser comunidade. Faz parte de nosso jeito de ser Igreja, estar numa comunidade eclesial de base e viver nela uma profunda experiência cristã que passa por unir fé e vida num só caminho. Poderíamos aqui começar nos perguntando: Qual o significado da minha Comunidade Eclesial em minha vida? Qual a diferença que ela faz no meu jeito de ser Igreja? Em que ela contribui e/ou não contribui para que eu seja um cristão melhor? Me sinto comprometido com a minha Comunidade Eclesial? Me sinto feliz em fazer parte dela? Amo e aceito as pessoas que fazem parte dela? Corrijo e sou corrigido pelas pessoas de minha Comunidade? Que experiência de Deus fiz e faço em minha Comunidade Eclesial?
O tema proposto para o Mês Vocacional no Brasil é “Peregrinos porque chamados”. Que benção para nós este tema. Sabemos que somos passageiros nesta terra e por isso peregrinamos nesta vida. Mas essa vida é caminho para o céu, para a eternidade onde devemos vive-la com Deus e em Deus. E o caminho de Deus em Jesus no mundo é a Igreja. Somos esses convocados por Deus por seu chamado a peregrinarmos neste mundo com esperança buscando agir para a transformação da sociedade no cuidado com a vida. Perguntemo-nos: Você se sente chamado por Deus a ser Comunidade? Já encontrou seu lugar de serviço em sua Comunidade? Já descobriu seus dons na Comunidade? Como tem realizado seu serviço na Comunidade?
O lema proposto para o Mês Vocacional no Brasil é “A esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações” (Rm 5,5). Eis o lugar de nossas Comunidades em nossa vida. Devem ser para nós oásis de esperança de onde saímos revigorados pelo encontro com a fonte da vida que é Cristo. Um lugar de encontro profundo com a misericórdia e o perdão de Deus e dos irmãos. Deve ser também lugar onde aperfeiçoamos nossa capacidade de amar pois é nos dado o amor de Deus pela graças dos sacramentos e da convivência fraterna. E perseverantes no caminho do amor nos sentimos ancorados na esperança que não decepciona quem nela espera com fé.
Ao meditarmos e aprofundarmos a vocação presbiteral, matrimonial, religiosa, leiga e o dia do catequista possamos refontizar nosso chamado a ser Comunidade e nosso desejo de contribuir para um mundo melhor através da Igreja. Assim, poderíamos nos perguntar: Estou eu consciente de ser chamado a viver em Comunidade? Nossas Comunidades são conscientes que são formadas por pessoas que sabem de seu chamado? Pensemos nisso pois a messe é grande e os operários continuam sendo poucos.