O capixaba e cachoeirense Gustavo Lins foi reeleito para o Conselho Nacional da Fraternidade Secular Agostiniana Recoleta e também eleito Secretário Nacional da instituição durante o 13º Encontro Nacional da Fraternidade e a 2ª Assembleia Eletiva, realizados em Fortaleza (CE). O evento, que reuniu representantes de todo o país, ocorre a cada três anos e definiu as diretrizes da fraternidade para o próximo triênio.
Gustavo explicou que o processo eleitoral foi dividido em etapas. “A eleição compôs-se primeiramente da votação para presidente nacional. Tivemos cento e dez participantes e setenta e nove votantes aptos. Após essa escolha, realizou-se a eleição dos conselheiros por região”, relatou. Representando o Espírito Santo, ele foi reeleito para mais três anos como conselheiro nacional.
Além disso, Gustavo assumirá novas responsabilidades. Como Secretário Nacional, ficará encarregado das atas das reuniões do Conselho Nacional, da comunicação oficial entre as fraternidades do país e da articulação com o Prior Provincial, Frei Javier Francisco Tello, e com o Prior Geral, quando se tratar de convocações internacionais. Ele lembrou que, no início do ano, participou de um encontro remoto que reuniu representantes dos 22 países onde a Ordem dos Agostinianos Recoletos está presente.
O encontro que sediou a eleição ocorreu dentro do 13º Encontro Nacional da Fraternidade, que, além de momentos de formação e espiritualidade, marcou a segunda assembleia eletiva da história da fraternidade no Brasil. Gustavo adiantou que o 14º Encontro Nacional, que concluirá o novo triênio em novembro de 2028, será realizado em Vitória (ES), fortalecendo ainda mais a presença do carisma recoleto no estado.
Ao explicar o papel da fraternidade, Gustavo destacou que ela representa um chamado para viver a santidade cristã no cotidiano, segundo o carisma agostiniano recoleto. “É uma célula viva da Igreja, formada por leigos que, movidos pelo Espírito Santo, colocam-se a serviço a partir de seus lares, trabalhos e comunidades”, disse. Os membros participam espiritualmente da grande família agostiniana, que envolve religiosos, religiosas e até as monjas enclausuradas presentes em Guaraciaba do Norte (CE). “Vivemos essa convivência como amigos e irmãos, partilhando a fé e caminhando juntos”, completou.
Gustavo também comentou sobre outras expressões do carisma recoleto vividas por leigos na Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, como o Movimento das Mães Mônica, implantado na Paróquia Nossa Senhora da Consolação. Ele explicou que as mães se reúnem em grupos de sete — e já são cerca de catorze na paróquia — dedicadas à oração e à partilha espiritual. “Elas rezam não pelo próprio filho, mas pelo filho de outra mãe do grupo, num gesto de amizade espiritual e cuidado fraterno, que é muito próprio da espiritualidade agostiniana”, afirmou.
Recordando ensinamentos de Santo Agostinho, Gustavo destacou que a vida fraterna é um caminho de busca constante. “Santo Agostinho diz: ‘conhece-te, supera-te e segue em diante’. Frei Afonso nos recordou no encontro que não podemos ser como uma folha ao vento; precisamos ter uma meta clara. E a nossa meta é a santidade”, afirmou.
Para quem deseja conhecer mais a Fraternidade Secular ou o Movimento das Mães Mônica, o cachoeirense orientou que o primeiro passo é procurar os freis agostinianos. No caso da fraternidade, o ingresso exige um processo estruturado. “É preciso conversar com o nosso assessor espiritual, Frei Agostinho Mosini. Há um período mínimo de um ano de preparação antes da emissão das promessas. Como fazemos parte oficialmente da Ordem, tudo é documentado: atas, registros enviados à província e ao governo geral. É um processo sério e organizado”, explicou.