Côn. Eriton Luiz Cortat

Antes da Comemoração do seu Jubileu de Ouro, Pe. Eriton conversa com o Departamento Diocesano de Comunicação

No próximo domingo a Diocese de Cachoeiro de Itapemirim festejará com muita alegria o Jubileu de Ouro do Côn. Eriton Luiz Cortat Nery.

 

Às vésperas da celebração, Padre Eriton falou com o Departamento Diocesano de Comunicação, contou sobre a decisão de se tornar Presbítero, lembranças da infância, revelou o que gosta de fazer nos momentos de lazer e faz um convite todo especial para a comemoração dos seus 50 anos de sacerdócio.

 

Departamento Diocesano de Comunicação: Padre Eriton, dia 29 de outubro o senhor completa 50 anos de vida sacerdotal. Quando o senhor sentiu que deveria seguir na vida religiosa? Como se deu o início desta caminhada?

 

Padre Eriton Luiz Cortat Nery: Eu cursava o científico (antigo ensino médio) com desejo de ser médico. Era em Alegre que estudava. Iria fazer 18 anos. Fiquei doente, com Paratifo. Fiquei em casa acamado e com febre muito alta. Os médicos de Guaçuí não descobriram o que eu tinha, ficando 30 dias de cama. Então pedi ao meu irmão Claudio que me trouxesse caneta e papel e que assim, entregasse a Dona Maria Luiza, minha mãe. O que eu havia escrito? “MAMÃE, QUERO SER PADRE!

 

Com muita pressa correu para o meu quarto abraçando-me e dizendo-me: “Que bom meu filho! Mas fique sabendo que as portas da nossa casa estarão sempre abertas. Vou falar com o seu Pai – Thomas – e entrar em contato com Pe. Acácio Valentim”. Padre Acácio era filho daquela região de Guaçuí e ocupava na Diocese de Vitória a coordenação do Seminário Menor. E assim foi feito.

 

Entrei em agosto de 1959, no dia dedicado a Santa Rosa de Lima. Seis meses passados no seminário menor, e em dezembro daquele ano 13 seminaristas seriam escolhidos para estudar no Seminário Sagrado Coração de Jesus, em Belo Horizonte (bairro Gameleira). Gostei muito de Belo Horizonte e do seminário.  Cursando três anos de Filosofia e quatro anos de Teologia no Seminário atual PUC (Universidade Católica de Minas). Na época, o Arcebispo Dom João de Rezende Costa e o Bispo Auxiliar Dom Serafim como reitores do seminário.

 

 

DDC:  E sua infância Padre, do que o senhor tem saudade? Sua família imaginava que o senhor seguiria a vida sacerdotal?

 

Padre Eriton: Como criança tenho saudade da fazenda do meu avô Luiz Felipe Cortat e da avó Ormezinda. Dos lírios brancos que cultivava. Maravilha da criação. Esse meu avô materno dizia sempre: “Eu ficaria feliz se você fosse padre!”

 

 

DDC:  São 5 décadas de devoção e dedicação à Igreja Católica, em especial à Diocese de Cachoeiro de Itapemirim. Algumas pessoas dizem ser um dom, algo natural, outras que é uma resposta ao chamado de Deus. Com toda a experiência que o senhor adquiriu ao longo desses anos, ser um Sacerdote é um dom, é um chamado de Deus ou um pouco dos dois?

 

Padre Eriton: Deus nos chama e nós devemos responder. Se dissermos sim, não podemos olhar para trás, mas devemos ao longo da preparação no seminário discernir a vocação pessoal.

 

 

DDC:  Durante nossa juventude, costumamos nos imaginar futuramente em inúmeras áreas e seguimentos, como policial, esportistas, médicos, área que o senhor iria seguir como contou acima. O Ériton Luiz Cortat Nery é feliz e realizado como Sacerdote?

Padre Eriton: Como padre posso louvar a Deus, pelo dom da criação, e fico feliz por isso. “Que maravilha, como Deus é bom, que maravilha”. Deus é muito bom por se lembrar da gente com tanto carinho e colocar tudo aos nossos pés.  “Não sou o menino do dedo verde” mais gostaria de ser.

 

 

DDC: Padre, o senhor tem uma caminhada muito bonita em nossa Diocese de Cachoeiro, tendo vivido uma infinidade de experiências. Teria alguma história, ao longo destes 50 anos que lhe marcou e vem à mente do senhor agora? Um abraço, um obrigado, um testemunho?

 

Padre Eriton: Um não, mas o testemunho de pessoas humildes e simples. Herdei esta terra, do meu pai, e algumas pessoas me chamam de “dono dela”, mas prefiro ser chamado de o cuidador dela.

 

 

DDC:  Mesmo sendo uma figura tão conhecida, teria alguma curiosidade sobre o senhor que poucos sabem? Um hobby ou algo que o senhor goste de fazer?

 

Padre Eriton: Gosto muito de acampar, tomar banho de cachoeiras, ver o sol e a lua nascendo ou se pondo. Basta perguntar ao perguntar ao Padre Marone.

 

 

DDC: Se o senhor tivesse que resumir em uma frase a sua trajetória nestes 50 anos, como ela seria?

 

Padre Eriton: Deixar por onde passei ou vivi, marcas de amor, carinho, ternura e muita alegria e paz.

 

 

DDC: Padre Eriton, o senhor tem algum agradecimento que gostaria de fazer?

 

Padre Eriton: Agradeço a todos, pois agradecer é próprio de quem recebe e eu sempre soube receber o simples e o rico, o preto e o branco, o vermelho e o amarelo, o culto e o iletrado.

 

 

DDC: Padre, obrigado pela sua atenção e deixamos aqui que o senhor convide toda a comunidade de nossa Diocese para a Celebração do seu Jubileu de Ouro, que acontece no próximo domingo.

 

Padre Eriton: Venham, venham, venham todos! Serão recebidos com muito amor. Dia 29 de outubro de 2017, às 10:00 horas, no Ginásio Municipal de Esportes de Mimoso do Sul. Uma alegre celebração de Ação de Graças, Dom Dario presidindo a celebração, concelebrada pelos sacerdotes e por mim, juntamente com familiares, amigos e amigas, todos se abraçarão. E depois disso, almoço para todos!

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