Diocese realiza repasse da Campanha da Fraternidade 2026

A Diocese de Cachoeiro de Itapemirim realizou, no sábado, 06 de dezembro, o encontro de repasse da Campanha da Fraternidade 2026, reunindo mais de uma centena de agentes de pastorais, lideranças leigas, padres, religiosos, movimentos e novas comunidades no auditório do CEEFMTI Liceu Muniz Freire, no bairro Independência, em Cachoeiro de Itapemirim. A iniciativa teve como objetivo formar multiplicadores que atuarão nas paróquias e espaços formativos na divulgação do conteúdo da Campanha, que em 2026 terá como tema “Fraternidade e Moradia” e como lema “Ele veio morar entre nós” (Jo 1,14).

A formação foi conduzida por Tânia Maria Silveira, doutora em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e mestre em Política Social pela mesma instituição. Com sólida trajetória acadêmica, Tânia é também especialista em Desenvolvimento Local pela Universidade Católica de Lyon (França) e bacharel em Serviço Social pela Faculdade Salesiana de Vitória (UniSales).

Durante sua exposição, a palestrante apresentou os fundamentos, objetivos e impactos históricos da Campanha da Fraternidade. Ela destacou que a iniciativa da Igreja no Brasil representa uma importante ferramenta de mobilização e reflexão social.

“A Campanha da Fraternidade é uma inovação muito grande da Igreja no Brasil. E desde 1964, a gente tem um termo da CNBB para a organização da Campanha da Fraternidade, e ela traz muitos frutos, principalmente porque, tal como a gente está aqui hoje, milhares de multiplicadores do Brasil se preparam para fazer um debate sobre o tema”, afirmou.

Tânia ressaltou que, ao longo das edições, a Campanha tem permitido que diferentes públicos — trabalhadores, proprietários e membros da Igreja — entrem em contato com temas sociais complexos e urgentes.

“O tema passado foi Ecologia Integral; agora é Moradia. Assim, a Igreja passa a refletir sobre questões relevantes que causam transtornos na vida de cada brasileiro. Isso é uma aposta enorme da Igreja do Brasil em termos de conscientização dos problemas”, completou.

Ao comentar sobre a importância de preparar lideranças, ela destacou o papel dos participantes no fortalecimento da reflexão comunitária durante a Quaresma.

“Esse encontro é um momento formação sobre o tema. Aqui temos cento e trinta pessoas, que são coordenadores e lideranças das comunidades. Em seguida, sobretudo durante a quaresma, cada participante será multiplicador desse assunto nas celebrações, catequeses e encontros onde possam introduzir esse tema dentro das atividades que realizam, tendo esse assunto como questionamento.”

A palestrante também lembrou a relevância da Coleta Nacional da Solidariedade, realizada no Domingo de Ramos, cuja arrecadação é direcionada aos projetos sociais.

“Ano passado foram arrecadados cerca de vinte milhões no Brasil. Parte dos recursos fica na diocese e uma parte vai para o fundo nacional, que investe em projetos. Então, no próximo ano o tema é moradia, um problema grave na sociedade brasileira. Se a gente dá uma volta em nossas cidades, nos bairros mais pobres, a gente vai ver que as pessoas estão vivendo em condições insalubres e inseguras. A gente precisa cuidar desses assuntos”, disse.

Para Tânia, a Campanha da Fraternidade provoca uma necessária inquietação social, promovendo debates que ultrapassam os muros da Igreja.

“A gente inicia o ano debatendo esses assuntos e devemos perguntar como é que isso está indo à frente. Precisamos refletir sobre todas as áreas de nossas vidas, saber das diferentes realidades. São assuntos da Igreja, da escola, da universidade”.

O encontro contou ainda com a presença do bispo diocesano, Dom Luiz Fernando Lisboa, CP, e foi coordenado pelo Vigário Episcopal para Ação Social, Padre Evaldo Praça Ferreira, que reforçou o caráter evangelizador e transformador da Campanha da Fraternidade.

“É um momento da nossa Diocese com seus líderes, os padres, com os leigos, para que juntos possamos refletir sobre mais um tema que nos convida a uma conversão social. Quero que esse tema possa nos ajudar a refletir e olhar um pouco como está organizada a nossa cidade, as nossas comunidades, como está, de fato, o lugar onde habitam os nossos irmãos e irmãs”, afirmou o sacerdote.

Após momentos de oração, apresentação, debates e partilhas, os multiplicadores retornaram às suas comunidades com a missão de preparar a vivência da Campanha da Fraternidade 2026, contribuindo para que o tema da moradia — direito humano fundamental — alcance toda a sociedade por meio do compromisso pastoral e da ação transformadora.

 

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Autor:

Diocese Cachoeiro

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