FSAR realiza assembleia eletiva em Fortaleza com presença capixaba e decisões para o próximo triênio

A cidade de Fortaleza, no Ceará, recebe entre os dias 20 e 23 de novembro o XIII Encontro e Assembleia Nacional da Fraternidade Secular Agostiniana Recoleta (FSAR), um momento que reúne fraternos de todo o Brasil para dias de formação, espiritualidade, partilha e decisões comunitárias. O evento é especialmente significativo porque, além do encontro fraterno, marca também a Assembleia Eletiva, na qual será escolhido o novo Conselho Nacional para o próximo triênio.

A Diocese de Cachoeiro de Itapemirim está presente com uma delegação de nove fraternos, sendo seis da Fraternidade Secular de Castelo, da Paróquia Nossa Senhora da Penha, e três fraternos de Cachoeiro de Itapemirim, vinculados à Paróquia Nossa Senhora da Consolação. A participação capixaba reforça o compromisso das fraternidades locais com o carisma agostiniano e com a comunhão nacional da Ordem.

O agente da Pascom Diocesana, Gustavo Lins, que acompanha o grupo, realizou uma longa entrevista com a presidente nacional da Fraternidade Secular Agostiniana Recoleta do Brasil, Rita de Cássia Oliveira Barbosa, que coincidentemente celebra aniversário durante o encontro. Em suas palavras, Rita destacou que o XIII Encontro Nacional possui um caráter especial. Segundo ela, mesmo com fraternidades antigas — como a do Rio de Janeiro, fundada há quase setenta anos —, a criação do Conselho Nacional é relativamente recente, e este encontro marca o encerramento do seu primeiro triênio de atuação. Para Rita, “estamos ainda engatinhando enquanto Conselho, mas caminhamos com muita esperança, sobretudo neste Ano do Jubileu da Esperança, que nos convida à sinodalidade, esse caminhar juntos tão pedido pela Igreja”.

Ela explica que esta é apenas a segunda Assembleia Eletiva, embora seja o terceiro encontro nacional, e enfatiza a importância da ocasião. “A Fraternidade Secular Agostiniana Recoleta está ligada aos Agostinianos Recoletos, um dos ramos da família agostiniana. No Brasil, temos duas províncias: São Tomé de Villanueva e São Nicolau de Tolentino. É muito significativo que o encontro deste ano esteja sendo acolhido por uma fraternidade da Província São Nicolau, aqui em Fortaleza, porque estatisticamente eles são menores em número. Mas isso mostra o nosso desejo de descentralização, de irmos às periferias, como tanto pede o Papa Francisco.”

Outro destaque mencionado por Rita é a presença de religiosas que não costumam participar dos encontros nacionais de leigos: “Neste ano, temos conosco as Irmãs Agostinianas Recoletas da comunidade de Guadalupe, de Guaraciaba do Norte, aqui mesmo no Ceará. Foi muito bonito vê-las aceitando o convite, convivendo conosco, partilhando a vida e mostrando um pouco mais do trabalho que realizam. Podemos dizer que a família agostiniano-recoleta está completa neste encontro, algo marcante e histórico para nós.”

Durante a entrevista, Gustavo Lins perguntou sobre a presença das fraternidades capixabas. Rita comentou com carinho: “A Diocese de Cachoeiro de Itapemirim se faz presente com duas paróquias muito vivas: Nossa Senhora da Penha, de Castelo, e Nossa Senhora da Consolação, de Cachoeiro. É uma alegria ver fraternos dessas comunidades caminhando juntos e somando na fraternidade nacional.”

Gustavo pediu então que ela deixasse uma mensagem para os ouvintes da Rádio Diocesana, que acompanham a participação do grupo no evento. Em resposta, a presidente nacional fez um forte apelo à esperança e ao testemunho cristão:
“Gostaria de deixar uma mensagem de esperança. Vivemos tempos difíceis, em que a Igreja é muito atacada e os cristãos enfrentam tribulações em seu dia a dia. Por isso, cada fiel precisa testemunhar Cristo na vida concreta — no trabalho, no estudo, nas relações. Não podemos dizer que queremos seguir Jesus e, na hora de testemunhar, ficarmos à margem. Acolher o outro também é um grande desafio, especialmente em tempos de polarização, mas é uma missão fundamental para nós.”

Em sua fala, Rita também refletiu sobre a espiritualidade agostiniana e a necessidade da unidade:
“A sinodalidade não é fácil. Sempre haverá quem queira dividir, mas nós somos chamados à unidade. Às comunidades da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, eu digo: caminhem juntos, apoiem-se mutuamente. Ninguém faz nada sozinho. Às vezes, no caminho, vem o desânimo — e Santo Inácio já dizia que, quando esse pensamento vier, não devemos ceder, porque geralmente é uma tentação para nos tirar do caminho. Caminhem com perseverança e com o olhar fixo em Cristo.”

Ela concluiu com uma mensagem de coragem e confiança:
“Somos uma família espiritual. Quando um cansa, o outro ajuda. Quando um desanima, o outro motiva. É assim que continuamos firmes na meta que é Jesus Cristo. Sigam com esperança, com diálogo e com o coração aberto para a unidade.”

O XIII Encontro e Assembleia Nacional da FSAR prossegue com momentos de oração, formação, convivência e o processo eletivo que definirá o rumo da fraternidade para os próximos anos. A delegação da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim segue participando ativamente, representando o Espírito Santo com alegria e espírito fraterno.

 

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Autor:

Diocese Cachoeiro

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