Em 2025, a Infância e Adolescência Missionária (IAM) celebra 182 anos de evangelização e formação de pequenos missionários. Em todo o Brasil, milhares de crianças e adolescentes participaram de cerimônias de consagração, recebendo lencinhos como símbolo de seu compromisso com a missão.

A IAM é uma obra pontifícia que visa despertar nas crianças e adolescentes a consciência missionária, motivando-as a partilhar a fé e seus bens materiais com as crianças mais necessitadas do mundo. Através de atividades lúdicas, reflexões e ações concretas, a IAM contribui para a formação integral dos pequenos missionários, preparando-os para serem agentes de transformação na sociedade.

Na Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, a obra tem desempenhado um papel significativo, estando presente em quatorze paróquias. Embora a data exata de sua implantação no sul do Espírito Santo não esteja claramente documentada, registros indicam que a IAM já estava ativa na região em 2009. Naquele ano, a diocese sediou o 10º Encontro Estadual da IAM, reunindo cerca de 180 crianças e adolescentes da arquidiocese de Vitória e das dioceses de Colatina, São Mateus e Cachoeiro de Itapemirim.

Entre as diversas atividades promovidas na igreja particular de Cachoeiro, destaca-se as formações, encontros e congressos, com o objetivo de fortalecer a consciência missionária entre crianças e adolescentes. Essas iniciativas visam despertar o compromisso com a evangelização e o serviço, alinhando-se aos princípios das Pontifícias Obras Missionárias.

Uma missão que atravessa os séculos

O coração da IAM bate forte desde o início: educar crianças e adolescentes na fé, com espírito missionário universal, despertando nelas o compromisso com a evangelização e a solidariedade. E essa missão continua mais viva do que nunca. Mesmo após quase dois séculos, o chamado de Dom Forbin-Janson continua atual. Infelizmente, em pleno século XXI, milhões de crianças e adolescentes ainda enfrentam situações de extrema vulnerabilidade.

De acordo com dados recentes do UNICEF:

– Mais de 333 milhões de crianças vivem na pobreza extrema, com menos de 2,15 dólares por dia.

– Cerca de 160 milhões estão envolvidas em trabalho infantil, muitas em condições perigosas.

– Aproximadamente 244 milhões estão fora da escola, sendo privadas do direito à educação.

– Crianças em zonas de guerra, como em Gaza, Sudão e Ucrânia, enfrentam violência, deslocamentos forçados e traumas profundos.

Por que a IAM ainda é tão importante?

A resposta está na proposta que continua transformando vidas: formar crianças e adolescentes missionários, conscientes do sofrimento de outros pequenos pelo mundo e comprometidos com a oração, o sacrifício e a partilha.

A IAM não ensina apenas a “ajudar o outro”, mas a sentir com o outro, a colocar-se no lugar de quem sofre e agir com amor. O cofrinho missionário continua sendo sinal visível dessa solidariedade. Não se trata apenas de moedas, mas de pequenos sacrifícios que se tornam grandes gestos. Com essas ofertas, a Obra apoia projetos de evangelização, saúde, educação e proteção em diversos países.

A oração da Ave Maria, rezada diariamente por cada membro da IAM, mantém viva a espiritualidade que une continentes. Quando uma criança missionária reza, ela está em comunhão com milhares de outras crianças no mundo inteiro, formando uma corrente de fé e esperança.

Missão para hoje e sempre

Celebrar os 182 anos da IAM é mais do que olhar para o passado. É renovar o compromisso com a missão no presente. É dizer sim, como Jesus e Maria, ao chamado de amar sem fronteiras. É lembrar que cada criança pode ser protagonista da mudança. Que cada adolescente pode ser voz profética em sua escola, bairro, comunidade.

Registros históricos: 10º Encontro Estadual da IAM