A Diocese de Cachoeiro de Itapemirim está sendo representada no Curso de Organização de Arquivos Eclesiásticos, realizado entre os dias 24 e 28 de novembro, na Pontifícia Universidade Católica (PUC), no bairro Ipiranga, em São Paulo. Participam da formação Ana Elde da Silva, Liliane Simões, Maria da Penha Cotta e o padre Roberto José Gonçalves (Pe. Beto), que assumem o compromisso de fortalecer a preservação documental e a memória histórica da Igreja.

A formação tem como objetivo apresentar os princípios fundamentais da Arquivologia, oferecendo orientações práticas aos funcionários e agentes responsáveis pelos arquivos eclesiásticos. A iniciativa busca promover a organização, preservação e acesso aos documentos das cúrias e comunidades religiosas, contribuindo para a gestão da memória institucional e a valorização do patrimônio documental da Igreja.

A programação conta com especialistas renomados em patrimônio, conservação e arquivologia, como Guilherme Vieira, Andreia Francisco dos Reis, Yara Cristina Gabriel, Tainan Azimovas e Thayame Costa, além de técnicos do Arquivo Metropolitano de São Paulo. Durante o curso, os participantes vivenciam palestras, momentos formativos e visitas técnicas, com abordagens sobre arquivos permanentes, conservação preventiva, tratamento de acervos digitais e métodos de organização geral de arquivos.

Na abertura, realizada no dia 24, foram apresentados os fundamentos da Carta Circular “A Função Pastoral dos Arquivos Eclesiásticos” (1997), com a participação do Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, acompanhado por especialistas do Arquivo Metropolitano. Ao longo da semana, os participantes são distribuídos em grupos para atividades teóricas e práticas, favorecendo a compreensão das diversas dimensões envolvidas no cuidado e na preservação dos arquivos eclesiásticos.

Para Ana Elde, o cuidado com os documentos da Igreja representa um profundo compromisso com a memória, a identidade e a missão evangelizadora da comunidade cristã. “Cada registro — sacramental, administrativo, pastoral ou histórico — é um testemunho de fé, vida e história, carregando consigo não apenas informações, mas trajetórias e capítulos essenciais da caminhada da Igreja, por isso, essa formação é tão importante”, destacou.

Ela reforça ainda a relevância da preservação: “Preservar os documentos é, portanto, um ato de responsabilidade e amor à Igreja. É garantir que futuras gerações possam compreender o caminho percorrido, assegurar direitos sacramentais, realizar pesquisas e reconhecer o valor espiritual, cultural e social que cada documento carrega. A participação da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim nesse curso reforça o compromisso com a missão de ser guardiã da memória e da verdade histórica, preservando com autenticidade, integridade e acessibilidade os registros que sustentam a identidade da comunidade cristã.”

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