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31.07.2014

Orar não é em vão.



O mundo sempre foi marcado por guerras, violência e morte, não é exclusividade da atualidade, em que notícias sobre conflitos na Faixa de Gaza e Ucrânia aparecem a todo instante.

O Papa Francisco, no dia 08 de junho deste ano, no Vaticano, orou pela paz, juntamente com o Patriarca Bartolomeu I, do então Presidente de Israel, Shimon Peres, e do Presidente palestino, Abu Mazen.

Na manhã de hoje, 31, o site Rádio Vaticano publicou novamente as palavras do Pontífice proferidas no encontro tão simbólico do dia 08 de junho, recordando que orar não é em vão.

Mais de 1400 vidas já foram ceifadas pelos conflitos na Faixa de Gaza, este número certamente subirá. Em outras partes do planeta a escalada da violência continua em sua rotina diária de morte e sofrimento. Aos homens de boa vontade, que acompanham o desenrolar de mais um capítulo da violência e ódio em escala global, resta orar pela paz, não somente no oriente médio mas no mundo inteiro.

Mergulhando em um passado recente vamos recordar as palavras do Papa Francisco, no encontro do dia 08 de junho, e reforçar nossas orações pela paz, pois como diz o Papa, orar não é em vão.


“Para fazer a paz é preciso coragem, muita mais do que para fazer a guerra. É preciso coragem para dizer sim ao encontro e não à briga; sim ao diálogo e não à violência; sim às negociações e não às hostilidades; sim ao respeito dos pactos e não às provocações; sim à sinceridade e não à duplicidade. Para tudo isto, é preciso coragem, grande força de ânimo.

A história ensina-nos que as nossas meras forças não bastam. Já mais de uma vez estivemos perto da paz, mas o maligno, com diversos meios, conseguiu impedi-la. Por isso estamos aqui, porque sabemos e acreditamos que necessitamos da ajuda de Deus. Não renunciamos às nossas responsabilidades, mas invocamos a Deus como ato de suprema responsabilidade perante as nossas consciências e diante dos nossos povos.

Ouvimos uma chamada e devemos responder: a chamada a romper a espiral do ódio e da violência, a rompê-la com uma única palavra: “irmão”. Mas, para dizer esta palavra, devemos todos levantar os olhos ao Céu e reconhecer-nos filhos de um único Pai.

A Ele, no Espírito de Jesus Cristo, me dirijo, pedindo a intercessão da Virgem Maria, filha da Terra Santa e Mãe nossa:

Senhor Deus de Paz, escutai a nossa súplica!

Tentamos tantas vezes e durante tantos anos resolver os nossos conflitos com as nossas forças e também com as nossas armas; tantos momentos de hostilidade e escuridão; tanto sangue derramado; tantas vidas despedaçadas; tantas esperanças sepultadas… Mas os nossos esforços foram em vão.

Agora, Senhor, ajudai-nos Vós! Dai-nos Vós a paz, ensinai-nos Vós a paz, guiai-nos Vós para a paz. Abri os nossos olhos e os nossos corações e dai-nos a coragem de dizer: “nunca mais a guerra”; “com a guerra, tudo fica destruído”! Infundi em nós a coragem de realizar gestos concretos para construir a paz.

Senhor, Deus de Abraão e dos Profetas, Deus Amor que nos criastes e chamais a viver como irmãos, dai-nos a força para sermos cada dia artesãos da paz; dai-nos a capacidade de olhar com benevolência todos os irmãos que encontramos no nosso caminho.

Tornai-nos disponíveis para ouvir o grito dos nossos cidadãos que nos pedem para transformar as nossas armas em instrumentos de paz, os nossos medos em confiança e as nossas tensões em perdão. Mantende acesa em nós a chama da esperança para efetuar, com paciente perseverança, opções de diálogo e reconciliação, para que vença finalmente a paz.

E que do coração de todo o homem sejam banidas estas palavras: divisão, ódio, guerra! Senhor, desarmai a língua e as mãos, renovai os corações e as mentes, para que a palavra que nos faz encontrar seja sempre irmão, e o estilo da nossa vida se torne: shalom, paz, salam! Amém”.



Informações retiradas do site Rádio Vaticano.





 

 

 

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