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07.11.2016
Encontro Mundial dos Movimentos Populares
"Cidadãos murados, aterrorizados, exilados. É esta a vida que Deus nosso Pai quer para os seus filhos?” – Papa Francisco
"Cidadãos murados, aterrorizados, exilados. É esta a vida que Deus nosso Pai quer para os seus filhos?” – Papa Francisco
Com a participação de 170 delegadas e delegados de 65 países de movimentos populares - em que se organizam trabalhadoras e os trabalhadores da economia popular, do campo e diversos setores que representam os excluídos da sociedade – aconteceu o III Encontro Mundial dos Movimentos Populares no Vaticano, a convite do Papa Francisco.
Nos quatro dias de encontro (que aconteceu entre os dias 2 a 5 de novembro) foram debatidos os diferentes eixos que historicamente vem marcando o evento e representam preocupações latentes tanto para os movimentos populares como para o Papa Francisco: Terra, Teto e Trabalho.
No encontro novas discussões foram abertas, ampliando as perspectivas de análise e trabalho sobre Povos e Democracia, Território e Natureza e Refugiados e Desalojados do mundo, com o objetivo de ter novas ferramentas, reforçadas pela visão própria dos protagonistas destes problemas.
Segundo Juan Grabois, da Comissão Organizadora EMMP, “há um grande número de organizações que estão integradas e organizadas pelos excluídos e que não estão resignados à miséria imposta a eles e resistem com solidariedade ao paradigma tecnocrático atual. O diálogo entre nós e a igreja tem o objetivo de acompanhar, incentivar e visibilizar esses processos que surgem das bases populares", disse.
Em função dos eixos que estruturam o encontro, ele diz: “os 3-T continuam a ser o coração dos nossos encontros; direitos estão sendo violados por um sistema injusto que deixa milhões de camponeses sem terra, famílias desabrigadas e trabalhadores sem direitos. Por isso os principais protagonistas de nossos Encontros são os três principais setores sociais mencionados, marginalizados do campo e da cidade. “
No sábado (5/11), o Papa Francisco discursou a todos os presentes, ressaltando como o medo acaba sendo um dos pontos chaves para a violência e discriminação na sociedade moderna.
“Nenhuma tirania, nenhuma tirania se sustenta sem explorar os nossos medos. Isso é chave. Disto o fato de que toda a tirania seja terrorista. E quando este terror, que foi semeado nas periferias são com massacres, saques, opressão e injustiça, explode nos centros com diversas formas de violência, até mesmo com atentados odiosos e covardes, os cidadãos que ainda conservam alguns direitos são tentados pela falsa segurança dos muros físicos ou sociais. Muros que fecham alguns e exilam outros. Cidadãos murados, aterrorizados, de um lado; excluídos, exilados, ainda mais aterrorizados de outro. É esta a vida que Deus nosso Pai quer para os seus filhos?” – Papa Francisco.
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Fonte: Rádio Vaticano
Papa Francisco discursando no III Encontro Mundial dos Movimentos Populares
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